quinta-feira, março 28, 2024
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Como conseguir emprego após os 40 anos?

Como conseguir emprego após os 40 anos?

Sabe aquela velha história de que o mercado de trabalho dá preferência aos profissionais jovens, recém-saídos das faculdades, ágeis e cheios de ideias, enquanto os mais experientes e analíticos sofrem até conseguirem uma recolocação? Atualmente, não é bem assim que as coisas estão funcionando.

Parece que as coisas estão realmente mudando para o lado dos profissionais acima dos 40 anos. Com a economia “cansada” e com algumas perspectivas tímidas de melhoria, as empresas começaram a perceber a importância de contratar profissionais rodados, com facilidades de adaptação e capacidade de trazer resultados sem imersão completa nos negócios.

Segundo alguns professores e coaching houve mudanças significativas no mercado e nos profissionais nos últimos anos.  Com o aumento da expectativa de vida e melhoria da qualidade de vida em geral, a idade se tornou algo relativo. Uma pessoa acima dos 40 anos com experiência é um excelente candidato a qualquer vaga, principalmente se permanecerem antenados com as mudanças comportamentais e tecnológicas.

A reconfiguração cultural não atingiu apenas o interesse das empresas, mas principalmente os profissionais, que já não estão mais em busca da outrora sonhada estabilidade – lembrando que é nessa faixa etária que se encontram os primeiros representantes da Geração Y. Trata-se de uma mudança também no conceito de trabalho, da crescente necessidade de transformá-lo em algo com significado e relevância. Passar oito horas do dia lançando notas fiscais em sistemas já não é uma opção de carreira a longo prazo.

Ser, ao mesmo tempo, experiente e adaptável é uma combinação cobiçada, mas não é tão rara quanto se imagina. De acordo com um estudo anual da consultoria AON, há uma tendência global que indica que, quanto mais experiente, maior o engajamento do profissional. De acordo com a consultoria AON Hewitt no relatório Tendências Globais de Engajamento dos Funcionários, “o engajamento cresce com a maturidade. Até os 29 anos de idade do profissional, seu percentual é, em média, de 68%. O índice sobe para 75% ente os 30 e 65 anos e atinge 90% depois dos 66 anos”, informa o relatório.

No entanto, quando a experiência do profissional não é acompanhada pelo lado da empresa por meio de capacitação, autonomia e senso de realização, o engajamento tende a se deteriorar de forma ainda mais acentuada do que o aperfeiçoamento. “Colaboradores engajados, mas não-empoderados estão sob risco de frustração, esgotamento, desengajamento, produtividade subaproveitada e rotatividade”, aponta o relatório referente ao ano de 2014.

Para um momento de recessão, o mais importante para as empresas que precisam reduzir seus quadros é optar por aqueles que entregam mais em menos tempo e que estão mais engajados. Uma pessoa com 40 anos já viveu períodos difíceis, com inflação, mudanças de moedas e de planos econômicos, e com isso adquiriu um conhecimento valioso, o que os torna também mais equilibrados emocionalmente e resilientes.

Fonte: CRCSP

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